Microfonando a zabumba

Oi pessoaiss!!

Há quanto tempo... estou trabalhando MUITO, e o Zabumblog tá meio quietinho por enquanto... mas recebi esses dias atrás um material interessante do meu amigo Fred Letro, uma matéria da revista Musitec falando de microfonação de zabumba! Como a matéria está bem a mão, resolvi compartilhar com vcs.
Na verdade não sei se a matéria descreve a melhor maneira de se microfonar uma zabumba, mas tem dicas legais e é mais uma opção que temos!

Ah, na mesma matéria também de dicas de microfonação de sanfona, triângulo e pandeiro!
Se quiser ler as outra matérias baixe o arquivo no link abaixo:
http://www.4shared.com/rar/_seuq4dZ/musitec_zabumba.html


Microfonando a Zabumba

A zabumba é tocada na pele superior com uma maceta parecida com a do pedal de um bumbo e na pele superior com uma vareta de madeira fina chamada bacalhau. Para se gravar em estéreo, recomendo o uso de um microfone para a pele superior e outro para a inferior. Ambos podem ser dinâmicos ou condensadores, dependendo da agressividade desejada. Lembre-se de inverter a fase de um dos canais na mesa.
A posição do microfone superior deve ser encontrada de acordo com o instrumento, embora na maioria das vezes você vá acabar mesmo colocando o microfone a uns 30cm da pele, apontando para uma região na metade da distância entre o centro e a borda da pele. O microfone inferior deve ficar um pouco mais afastado, pois os níveis alcançados pelo bacalhau são muito altos. Costumo dar preferência, neste caso, aos microfones condensadores de
diafragma pequeno. Cuidado para que o microfone não atrapalhe a performance do músico. No CD É Tudo 1 Real, de Pedro Luis e a Parede, para aumentar a agressividade do som, usamos um microfone dinâmico de baixo custo preso ao instrumento. Pode-se ter uma ideia do som obtido pelo apelido carinhoso que este microfone recebeu: "pato rouco".
Quanto à equalização, no canal do bacalhau pode-se dispensar os graves e as médias-baixas. Eventualmente, será vantajoso um pequeno realce nas médias-altas. No canal da maceta, você vai notar que a zabumba apresenta uma certa rebeldia sonora, com harmônicos não muito consonantes nas médias-médias. Evite embelezar demais, pois esta aspereza é que dá o som
característico ao instrumento. Quando se arruma demais a equalização da zabumba, ela acaba ficando com som de tom-tom de bateria, o que certamente não é o desejado.
Na mixagem, evite o desejo de se puxar demais os graves, pois a zabumba não é o bumbo de uma bateria. Sua fundamental soa bem acima, por volta de 150 a 300 Hz. Acentuar os graves só trará ruídos.
Quanto à colocação no estéreo, se chegou para você uma zabumba gravada em mono, você pode tentar separar os sons da maceta e do bacalhau. O jeito mais simples é separá-los através da equalização. O resultado não é lá muito bom porque se perde muito do ataque no canal da maceta. Uma técnica mais eficiente e muito mais complicada foi a que usei no tributo a Luiz Gonzaga - Duetos com Mestre Lua. Vou descrevê-la admitindo o uso de um sistema ProTools,mas nada impede que seja usada em sistemas analógicos. Para começar, copiamos o canal da zabumba original para um outro. O primeiro será o canal da maceta e o segundo o do bacalhau. Equaliza-se este último deixando apenas as médias-altas para que só o bacalhau soe. Agora,fazemos uma mandada deste canal para um bus, habilitando-a como pre-fader. No canal da maceta, inserimos um compressor - por exemplo, o d3 da Focusrite. Colocamos o attack e o release em seus valores mínimos e a ratio no máximo (10:1) e, a seguir, habilitamos o sidechain (clicando na "chavinha") e  colocamos como entrada do sidechain o bus usado acima. Pronto,agora toda vez que o bacalhau tocar, o compressor irá abaixar violentamente o volume do canal da maceta. Assim conseguimos isolar os dois sons - o bacalhau através da equalização e a maceta pela compressão (este tipo de compressão é chamado de ducking).


Créditos para a Revista Musitec
www.musitec.com.br

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